Lúpus: Tipos, causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico

Lúpus

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune crônica (de longa duração) que pode afetar muitas partes do corpo. 

Ele ocorre quando o sistema imunológico, que normalmente ajuda a proteger o corpo contra infecções e doenças, ataca seus próprios tecidos. 

Este ataque causa inflamação e, em alguns casos, danos permanentes nos tecidos, que podem ser generalizados – afetando a pele, as articulações, o coração, os pulmões, os rins, as células sanguíneas circulantes e o cérebro.

Se você tem essa condição, pode passar por períodos de doença (crises) e períodos de bem-estar (remissão). As crises de lúpus podem ser leves a graves e são imprevisíveis. 

No entanto, com tratamento, muitas pessoas com lúpus conseguem controlar a doença.

Conforme dados da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), essa doença afeta aproximadamente 65 mil brasileiros, sendo mais incidente em mulheres, e na faixa etária de 20 a 45 anos.

No texto de hoje, iremos abordar os principais pontos que você precisa saber sobre esta condição.

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O que é o Lúpus?

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma condição médica crônica caracterizada por inflamação persistente, resultante de uma resposta autoimune. 

Nesta condição, o sistema imunológico do corpo se volta contra seus próprios tecidos e órgãos, causando danos progressivos. 

Existem duas formas principais de manifestação da doença: cutâneo e sistêmico. O lúpus cutâneo se apresenta predominantemente com lesões na pele, que geralmente aparecem como manchas avermelhadas ou eritematosas. 

Estas tendem a surgir em áreas da pele mais expostas à luz solar, como o rosto, as orelhas, o colo (especificamente na região em forma de “V” do decote) e nos braços. 

Por outro lado, o lúpus sistêmico é caracterizado pelo envolvimento de um ou mais órgãos internos. 

Nesta forma da doença, os órgãos como rins, pulmões, coração, cérebro ou articulações podem ser afetados, resultando em uma variedade de sintomas e complicações, que podem ser graves e até mesmo fatais se não forem tratados adequadamente.

Tipos de Lúpus

O Lúpus pode se manifestar de quatro formas distintas, cada uma com suas causas e características específicas:

  • Lúpus Discoide: Esta forma de lúpus afeta apenas a pele da pessoa. É identificada pelo surgimento de lesões avermelhadas com tamanhos, formatos e colorações específicas na pele, especialmente no rosto, na nuca e/ou no couro cabeludo.
  • Lúpus Sistêmico: Esta é a forma mais comum da doença e pode variar de leve a grave. Nesse tipo de lúpus, a inflamação ocorre em todo o organismo, afetando diversos órgãos ou sistemas além da pele, como rins, coração, pulmões, sangue e articulações. Alguns pacientes que inicialmente apresentam lúpus discoide podem eventualmente evoluir para o lúpus sistêmico.
  • Lúpus Induzido por Drogas: Esta forma de lúpus ocorre devido ao uso de certas drogas ou medicamentos que podem desencadear uma inflamação com sintomas semelhantes ao lúpus sistêmico. No entanto, a condição tende a desaparecer após a interrupção do uso da substância responsável.
  • Lúpus Neonatal: Este tipo de lúpus é bastante raro e afeta recém-nascidos de mulheres que têm lúpus. Geralmente, ao nascer, a criança pode apresentar erupções cutâneas, problemas no fígado ou uma contagem baixa de células sanguíneas, mas esses sintomas tendem a desaparecer naturalmente após alguns meses.

Causas

A causa precisa do Lúpus permanece desconhecida, já que o comportamento anormal do sistema imunológico, que resulta na agressão aos tecidos saudáveis do próprio corpo, é uma característica peculiar e mal compreendida. 

No entanto, estudos presentes na literatura médica e científica nacional e internacional sugerem que as doenças autoimunes, incluindo o Lúpus, podem ser influenciadas por uma combinação de fatores, tais como hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais.

Os gatilhos para desencadear o Lúpus, conforme a ciência atual, incluem:

  • Luz solar: A exposição inadequada à luz solar, especialmente em horários impróprios, pode iniciar ou agravar a inflamação existente, levando ao desenvolvimento do Lúpus. Além disso, tal exposição também pode aumentar o risco de câncer de pele.
  • Infecções: A presença de uma infecção pode desencadear o início do Lúpus ou causar uma recaída da doença em alguns indivíduos, resultando em manifestações leves ou graves, dependendo da situação.
  • Medicamentos: O Lúpus também pode estar associado ao uso de certos antibióticos, medicamentos anticonvulsivantes e medicamentos para pressão arterial elevada. É importante informar ao médico sobre qualquer sintoma incomum que possa surgir durante o tratamento medicamentoso.

Diagnóstico 

O diagnóstico do Lúpus não é uma tarefa simples devido à variação dos sintomas entre as pessoas e à sua evolução ao longo do tempo, o que muitas vezes pode se assemelhar aos sinais de outras condições médicas. 

Atualmente, não existe um exame ou teste específico para diagnosticar o Lúpus, mas o processo pode ser conduzido de maneira segura por meio de uma combinação de exames de sangue, urina e avaliação dos sintomas clínicos durante o exame físico realizado pelo médico.

Os exames mais comuns e úteis para auxiliar no diagnóstico do Lúpus incluem:

  • Exame físico: O médico realiza uma avaliação clínica detalhada, observando sintomas específicos, como erupções cutâneas, dor nas articulações, inchaço, entre outros.
  • Exames de anticorpos, incluindo teste de anticorpos antinucleares (ANA): Esses testes procuram a presença de determinados anticorpos no sangue, como os anticorpos antinucleares, que são comumente encontrados em pessoas com Lúpus
  • Hemograma completo: Este exame de sangue ajuda a identificar possíveis anormalidades, como anemia, plaquetopenia ou leucopenia, que podem estar associadas ao Lúpus.
  • Radiografia do tórax: Uma radiografia do tórax pode ser realizada para avaliar possíveis complicações pulmonares associadas ao Lúpus.
  • Biópsia renal: Em casos suspeitos de envolvimento renal, uma biópsia do rim pode ser realizada para confirmar danos nos tecidos renais.
  • Exame de urina: Uma análise de urina pode revelar a presença de proteínas ou células sanguíneas anormais, o que pode indicar danos nos rins associados ao Lúpus.

Sintomas

Os sintomas do Lúpus podem se manifestar de forma súbita ou se desenvolver gradualmente ao longo do tempo. 

Eles podem variar de moderados a graves, temporários ou persistentes. 

A maioria dos pacientes com Lúpus experimenta sintomas moderados que surgem esporadicamente, em episódios nos quais os sintomas se intensificam por um período e depois diminuem.

A variabilidade desses sintomas depende, também, das partes do corpo afetadas pelo Lúpus. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

  • Fadiga persistente.
  • Febre recorrente.
  • Dor e inflamação nas articulações.
  • Rigidez muscular e inchaço.
  • Rash cutâneo: uma erupção vermelha na pele que se assemelha a uma borboleta sobre as bochechas e o nariz. Cerca de metade das pessoas com Lúpus experimenta esse tipo de erupção. O rash tende a piorar com a exposição à luz solar e pode se espalhar por outras áreas do corpo.
  • Lesões cutâneas que aparecem ou se agravam com a exposição ao sol.
  • Dificuldade respiratória.
  • Dor no peito ao inspirar profundamente.
  • Sensibilidade à luz solar.
  • Aumento dos gânglios linfáticos.
  • Queda de cabelo.
  • Feridas na boca.
  • Sensação geral de desconforto, ansiedade e mal-estar.

Sintomas Específicos 

Além dos sintomas mencionados anteriormente, o Lúpus pode provocar sintomas mais específicos, dependendo da parte do corpo afetada:

  • Cérebro e sistema nervoso: podem ocorrer cefaleias, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão, alterações de personalidade e episódios de psicose lúpica.
  • Trato digestivo: sintomas como dor abdominal, náuseas e vômitos podem surgir devido ao envolvimento do trato digestivo.
  • Coração: pacientes com Lúpus podem apresentar ritmo cardíaco anormal (arritmia), indicando possível comprometimento cardíaco.
  • Pulmão: tosse com presença de sangue e dificuldade respiratória podem ser sintomas de problemas pulmonares relacionados ao Lúpus
  • Pele: algumas manifestações cutâneas podem incluir coloração irregular da pele e fenômeno de Raynaud, caracterizado por uma mudança de cor nos dedos quando expostos ao frio.

É importante notar que alguns pacientes podem apresentar apenas sintomas cutâneos, o que é denominado como lúpus discoide.

Tratamento 

O tratamento do Lúpus, assim como o de outras doenças crônicas como câncer, hipertensão e diabetes, é predominantemente paliativo, visando controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, uma vez que até o momento não há cura para o Lúpus.

O tratamento é adaptado individualmente para cada caso, levando em consideração a intensidade e a agressividade da doença.

Para casos de Lúpus leve, podem ser prescritos:

  • Anti-inflamatórios não esteróides para alívio da artrite e da pleurisia.
  • Uso de protetor solar para proteger as lesões cutâneas da exposição solar.
  • Corticóides tópicos para tratar pequenas lesões na pele.
  • Administração de drogas antimaláricas, como a hidroxicloroquina.
  • Uso de corticoides em baixas doses para controlar sintomas de pele e artrite.

Para casos mais graves de Lúpus, podem ser necessários tratamentos mais intensivos, tais como:

  • Administração de altas doses de corticóides ou imunossupressores para reduzir a resposta do sistema imunológico do corpo.
  • Uso de drogas citotóxicas, que bloqueiam o crescimento celular, em situações em que os sintomas não respondem adequadamente aos corticoides ou quando ocorre uma piora dos sintomas após a interrupção do tratamento.

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