Exames pré-natal são essenciais para a boa saúde na gravidez, tanto da mulher quanto do bebê, saiba quais são e quando fazê-los!
A gravidez é um momento muito especial na vida da mulher, e apesar de ser biologicamente preparada para isso, ainda constitui um momento frágil, onde problemas podem acontecer, que podem gerar riscos tanto para a mulher quanto para o bebê.
No entanto, com os avanços da medicina, é possível cuidar muito bem da gravidez, garantindo que o percurso seja tranquilo, saudável e que o parto seja seguro, através dos exames pré-natal, consultas e acompanhamento médico.
Esses exames são feitos nas consultas pré-natais para verificar a saúde da mulher e do bebê e detectar quaisquer problemas. Eles são muito importantes porque podem detectar doenças que podem apresentar riscos, mas que não apresentam sinais ou sintomas.
São vários os estudos que apontam a importância dos exames pré-natal e seu impacto na qualidade de vida da gestante. Alguns dados podem ser averiguados por pesquisas da Fio Cruz, neste link, por exemplo.
Por isso, neste artigo, vamos abordar sobre os exames pré-natal, quais são eles, quando devem ser feitos, e sua importância!
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O que são exames pré-natal?
Os exames pré-natais são exames realizados durante a gravidez para verificar a saúde da mulher e do bebê.
Diferentes tipos de testes, alguns destes são recomendados para todos, enquanto outros são oferecidos apenas para mulheres com maior risco de uma determinada condição.
Eles podem detectar condições que poderiam colocar a mãe e o bebê em risco, se não forem tratadas, por exemplo, alguma anomalia cromossômica, ou condição clínica da mãe que pode ser agravada na gestação.
Quando devo começar consultas e exames pré-natal?
No Brasil, o Ministério da Saúde aconselha o seguinte esquema de consultas:
- Até a 12ª semana de gravidez, é recomendada a primeira consulta de pré-natal.
- Entre a 12 e a 27ª semana de gravidez, as consultas devem ocorrer mensalmente.
- Do 28º até o 36º semana de gestação, as consultas devem ser a cada quinze dias.
- A partir da 36ª semana até a 41ª semana de gravidez, é aconselhável realizar consultas semanais.
No entanto, isso pode mudar dependendo do perfil de cada gestante, sendo a primeira consulta a que irá definir o curso de cuidados e exames pré-natal necessários para uma gestação mais segura.
Quais os exames pré natal que devem ser feitos na primeira consulta?
Segue abaixo a lista de investigações mínimas recomendadas para um acompanhamento de qualidade, lembrando que outros exames podem ser solicitados, dependendo da disponibilidade e da necessidade clínica:
- Hemograma;
- Urina I/Urocultura;
- Glicemia em jejum;
- Tipagem Sanguínea e fator RH;
- Coombs indireto, se o fator RH for negativo;
- Teste rápido para HIV – Anti HIV;
- Testes rápidos para Sífilis e/ou VDRL;
- Sorologia para Hepatite B (HbsAg);
- Eletroforese de Hemoglobina (especialmente para mulheres negras, com antecedentes familiares de anemia falciforme ou histórico de anemia crônica);
- Ecografia obstétrica para verificar a idade gestacional (opcional) ou conforme a necessidade clínica (a critério do profissional de saúde);
- Parasitológico de fezes, se houver indicação clínica.
- Citopatológico de colo do útero, se necessário;
- Exame de secreção vaginal, se indicado;
É importante destacar que esses são os exames mínimos recomendados para a primeira consulta, podendo haver solicitações adicionais com base na avaliação clínica e na evolução da gestação.
Em determinadas instituições de saúde, é aconselhável, de acordo com seus procedimentos internos, que os seguintes exames sejam solicitados logo na primeira consulta pré-natal: Hemoglobina glicada, Anti Hbc, VDRL e ecografias obstétricas, incluindo aquelas realizadas para determinar a idade gestacional.
A partir da análise destes primeiros resultados, o profissional de saúde responsável pelo acompanhamento dessa gestação direcionará para quaisquer outros exames necessários, bem como determinará a frequência de consultas.
A importância do fator RH durante a gestação
O fator RH desempenha um papel crucial durante a gestação, e sua importância reside na prevenção de complicações sérias para a mãe e o bebê. Quando uma mãe possui um tipo sanguíneo Rh negativo e o feto herda um tipo sanguíneo Rh positivo do pai, existe o risco de incompatibilidade sanguínea.
Se ocorrer a sensibilização da mãe ao fator Rh do bebê, seu sistema imunológico pode produzir anticorpos que atacam as células sanguíneas do feto, causando a doença hemolítica do recém-nascido. Isso pode levar a anemia grave, icterícia, danos ao fígado e ao cérebro do bebê, e até mesmo a morte em casos extremos.
Felizmente, a medicina moderna oferece a solução para esse problema com a administração de uma vacina chamada imunoglobulina anti-Rh (Rhogam) para as mães Rh negativas em momentos-chave durante a gestação e após o parto. Essa vacina evita a sensibilização e protege a saúde do bebê.
Portanto, a conscientização sobre o fator Rh e o acompanhamento médico adequado são essenciais durante a gravidez para garantir uma gestação saudável e minimizar riscos relacionados à incompatibilidade de Rh.
Exames pré natal sobre fator RH
Se a gestante já sabe que é Rh positiva, os cuidados são mais simples. Nesse caso, apenas é necessário fazer um exame para verificar a presença de anticorpos irregulares (PAI), e então a investigação está completa.
No entanto, quando não temos certeza do tipo de fator Rh da gestante ou ela é Rh negativa, é necessário fazer algumas verificações adicionais.
Primeiro, é necessário confirmar o tipo sanguíneo e pedir que o pai também faça o teste para determinar seu fator Rh. Se o pai for Rh negativo, não há necessidade de mais exames.
No entanto, se o pai for Rh positivo ou seu fator Rh for desconhecido, é necessário fazer uma nova verificação de anticorpos irregulares a cada quatro semanas, a partir da 24ª semana de gestação. Isso é feito para monitorar qualquer sinal de sensibilização ao fator Rh.
Se a pesquisa de anticorpos irregulares for positiva, é essencial encaminhar a gestante para um pré-natal de alto risco em uma unidade de referência. Isso é importante para garantir um tratamento adequado e proteger a saúde da mãe e do bebê.
Em alguns estados, como São Paulo, existe uma medida adicional chamada profilaxia (Isoimunização RH). Isso envolve a administração de uma substância chamada Imunoglobulina Anti D entre a 28ª e a 34ª semana de gestação, com uma segunda dose no parto ou em situações de maior risco para a isoimunização RH.
Essas medidas visam garantir a saúde de todas as gestantes e bebês, fornecendo o cuidado necessário quando há fatores de risco relacionados ao fator Rh. O acompanhamento médico adequado é fundamental para garantir uma gravidez tranquila e saudável.
Onde posso fazer exames pré natal? Quanto custam os exames pré-natal?
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