A malária é uma doença febril aguda causada por parasitas Plasmodium, que são transmitidos às pessoas através da picada de mosquitos Anopheles fêmeas infectadas.
Sua maior incidência são em países tropicais, como o Brasil.
Apesar da luta para erradicar essa doença no nosso país, dados do Ministério da Saúde apontam que houve 139.112 casos registrados em 2021.
A malária é uma doença grave e por vezes potencialmente fatal. Porém, ela é evitável e curável.
Entenda mais sobre essa condição, seus sintomas, diagnóstico e tratamentos.
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O que é a Malária?
A malária é uma enfermidade grave causada por parasitas transmitidos aos humanos pela picada de mosquitos fêmeas do gênero Anopheles, quando estes estão infectados. Quando pica, o mosquito injeta parasitas na corrente sanguínea.
Entre os diversos parasitas responsáveis, duas espécies se destacam como as maiores ameaças: Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax.
Se não for tratada, a malária pode causar graves problemas de saúde, como convulsões, danos cerebrais, dificuldade em respirar, falência de órgãos e morte.
Sintomas
A malária é uma doença aguda caracterizada por febre. Em indivíduos não imunes, os sintomas geralmente surgem entre 10 a 15 dias após a picada do mosquito infectado.
Os sinais e sintomas são semelhantes aos da gripe. Eles incluem:
- Febre e suor.
- Calafrios que sacodem todo o corpo.
- Dor de cabeça e dores musculares.
- Fadiga.
- Dor no peito, problemas respiratórios e tosse.
- Diarréia, náusea e vômito.
Inicialmente, os sintomas como febre, dor de cabeça e arrepios podem ser leves e difíceis de identificar como malária.
No entanto, se não tratada dentro de 24 horas, a malária causada pelo parasita Plasmodium falciparum pode evoluir para uma forma grave, podendo levar à morte.
Crianças com malária grave frequentemente apresentam sintomas como anemia severa, dificuldade respiratória relacionada à acidose metabólica ou malária cerebral.
Nos adultos, a falência de múltiplos órgãos também é comum. Em áreas onde a malária é endêmica, algumas pessoas podem desenvolver imunidade parcial, o que pode permitir a ocorrência de infecções assintomáticas.
Grupos de risco
Existem grupos populacionais com um risco significativamente maior de contrair malária e desenvolver formas graves da doença.
Estes incluem:
- bebês
- crianças com menos de 5 anos de idade
- mulheres grávidas
- pacientes com HIV/AIDS, além de migrantes não imunes, populações móveis e viajantes.
Diagnóstico
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o diagnóstico de pacientes com suspeita de malária seja realizado por meio de exames parasitológicos utilizando microscopia ou testes rápidos de diagnóstico.
A detecção precoce da doença é crucial para um prognóstico favorável do paciente e depende da suspeita clínica.
Um dos principais fatores que contribuem para as mortes por malária é o diagnóstico tardio, especialmente devido à falta de profissionais familiarizados com os sintomas da doença fora das regiões endêmicas.
No Brasil, por exemplo, a quantidade de óbitos em áreas não endêmicas é cerca de cem vezes maior do que nas regiões amazônicas onde a malária é comum.
Portanto, é essencial que pessoas com suspeita de malária que residam fora das regiões endêmicas busquem atendimento em serviços especializados no diagnóstico e tratamento da doença.
Prevenção
A prevenção da malária envolve o controle e a eliminação do mosquito transmissor e pode ser alcançada por meio de medidas tanto individuais quanto coletivas.
Medidas individuais incluem:
- o uso de mosquiteiros tratados com inseticida durante o sono
- aplicação de repelentes na pele exposta
- uso de roupas que cubram braços e pernas
- instalação de telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos e aplicação de inseticidas em ambientes internos
Já as medidas coletivas visam reduzir a reprodução do mosquito e incluem:
- a drenagem de áreas onde água pode se acumular, como poças e recipientes, obras de saneamento para eliminar possíveis criadouros do vetor,
- aterramento de áreas propícias à reprodução de mosquitos,
- controle da vegetação aquática que possa servir como criadouro,
- melhoria das condições de moradia e trabalho para reduzir o contato humano com os mosquitos
- uso racional da terra para evitar o acúmulo de água estagnada.
Essas medidas combinadas, tanto individuais quanto coletivas, são essenciais para prevenir a propagação da malária, reduzir a incidência de casos e proteger as comunidades em áreas onde a doença é endêmica.
Tratamento
A malária é uma doença que pode ser evitada e tratada.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para reduzir a gravidade da doença, prevenir mortes e diminuir a transmissão.
O tratamento à base de artemisinina (ACT) é considerado o mais eficaz disponível, especialmente para casos de malária causados pelo parasita Plasmodium falciparum.
Além disso, medicamentos antimaláricos também podem ser utilizados para a prevenção.
Para os viajantes, a prevenção da doença pode ser alcançada por meio da quimioprofilaxia, que consiste na administração de medicamentos que suprimem a presença do parasita no sangue, evitando assim o desenvolvimento da doença.
Antes de viajar para países ou regiões onde a malária é endêmica, é crucial que os indivíduos consultem os centros nacionais de controle de doenças ou outras instituições especializadas em aconselhamento de viagem.
Essas fontes podem fornecer informações detalhadas sobre as medidas preventivas recomendadas e ajudar os viajantes a se prepararem adequadamente para evitar a malária durante suas viagens.
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